terça-feira, 27 de outubro de 2009

The Scarlet Letter

The Scarlet Letter (A Letra Escarlate) é um livro de Nathaniel Hawthorne publicado nos Estados Unidos em 1850.

Nesse livro, Nathaniel Hawthorne faz o confronto mais íntimo do homem com a sociedade puritana, tema do “romance psicológico” (como o autor o classificava, em um tempo em que o mundo ainda não cogitava de psicologia na literatura). É a história de três pecadores e de tudo o que decorre de seus erros na cidade de Boston, no século XVII. Todos os personagens carregam muita dor e vivem deprimidos.
O romance A Letra Escarlate, uma mistura de alegoria e romance histórico, é considerado por muitos críticos como o maior romance da literatura norte-americana.



Nathaniel Hawthorne foi um escritor norte-americano, considerado o primeiro grande escritor dos Estados Unidos e o maior contista de seu país, sendo o responsável por tornar decisivamente o puritanismo americano um dos temas centrais da tradição gótica.

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"So said Hester Prynne, and glanced her sad eyes downward at the scarlet letter. And, after many, many years, a new grave was delved, near an old and sunken one, in that burial-ground beside which King's Chapel has since been built. It was near that old and sunken grave, yet with a space between, as if the dust of the two sleepers had no right to mingle. Yet one tomb-stone served for both. All around, there were monuments carved with armorial bearings; and on this simple slab of slate--as the curious investigator may still discern, and perplex himself with the purport--there appeared the semblance of an engraved escutcheon. It bore a device, a herald's wording of which may serve for a motto and brief description of our now concluded legend; so sombre is it, and relieved only by one ever-glowing point of light gloomier than the shadow: --"ON A FIELD, SABLE, THE LETTER A, GULES"

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sonho de Uma Noite de Verão

A Midsummer Night's Dream (Sonho de uma noite de verão) é uma comédia da autoria de William Shakespeare, escrita em meados da década de 1590.
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Não se sabe ao certo quando é que a peça foi escrita e apresentada ao público pela primeira vez, mas crê-se que terá sido entre 1594 e 1596. Alguns autores defendem que a peça possa ter sido escrita para o casamento de Sir Thomas Berkeley e Elizabeth Carey, em Fevereiro de 1596.

Não existe uma fonte direta que tenha servido de inspiração para a peça, ainda que se possam encontrar elementos relacionados com a mitologia greco-romana e respectiva literatura clássica. Por exemplo, a história de Píramo e Tisbe é contada por Ovídio, nas suas Metamorfoses, assim como a transformação de Bottom em burro se pode relacionar com O asno de ouro de Apuleio. Pensa-se que Shakespeare tenha escrito o "Sonho de uma noite de verão" sensivelmente ao mesmo tempo que o Romeu e Julieta e, de fato, existem muitos pontos de contacto entre as histórias: Egeu quer casar Hérmia à força com Demétrio, assim como Píramo e Tisbe acabam mortos por questões de amor, ainda que numa perspectiva cômica.
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LISANDRO — Então, minha que­ri­da, por que as faces tão pá­li­das assim? Qual o mo­ti­vo de mur­cha­rem tão rápido essas rosas?
HÉRMIA — Talvez por falta da água que lhes viesse da tempestade dos meus pró­pri­os olhos.
LISANDRO — Oh Deus! Por tudo quanto tenho lido ou das lendas e his­tó­ri­as es­cu­ta­do, em tempo algum teve um tranqüilo curso o verdadeiro amor. Ou era grande do sangue a diferença...
HÉRMIA — Oh sofrimento! Nascer no alto e aceitar o ca­ti­vei­ro!
LISANDRO — ... ou mui disparatadas as idades...
HÉRMIA — Oh dor! Unir-se a mocidade às cãs!
LISANDRO — ... ou tudo os pais, sozinhos, decidiam...
HÉRMIA — Não há maior inferno: estranhos olhos para escolher o amor!

domingo, 18 de outubro de 2009

Mark Twain

Mark Twain, pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens, foi um escritor, humorista e romancista norte-americano.

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Em seu auge, Twain foi a celebridade mais conhecida de sua época. William Faulkner disse que ele foi "o primeiro escritor verdadeiramente americano, e todos nós desde então somos seus herdeiros". O autor sustentava que o nome "Mark Twain" vinha da época em que trabalhou em barcos a vapor; era o grito que os pilotos fluviais emitiam para marcar (mark) a profundidade das embarcações. Acredita-se que o nome na verdade tenha vindo de seus dias de abandono no oeste, quando ele pedia dois drinks e falava para o atendente do bar "marcar duplo" ("mark twain") em sua conta. A origem verdadeira é desconhecida. Além de Mark Twain, Clemens também usou o pseudônimo "Sieur Louis de Conte".

Autor dos livros "The Adventures of Tom Sawyer" (1876) e "The Adventures of Huckleberry Finn" (1884).
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"But language is a treacherous thing, a most unsure vehicle, and it can seldom arrange descriptive words in such a way that they will not inflate the facts--by help of the reader's imagination, which is always ready to take a hand and work for nothing, and do the bulk of it at that."

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Jane Eyre


Jane Eyre é a autobiografia ficcional da personagem principal. Conta como Jane, órfã de pai e mãe vive infeliz em casa da tia que a detesta. Após um confronto com esta, Jane é enviada para uma escola, onde conhece os primeiros momentos de felicidade. Após seis anos como aluna e mais dois como professora, decide procurar uma nova posição. Encontra-a em Thornfield Hall, como preceptora da jovem Adèle, a pupila de Edward Rochester.
Quando finalmente conhece Rochester, apaixona-se por ele, e ele por ela. Ele propõe-lhe casamento e ela aceita. Contudo, no dia do casamento, Jane descobre que Rochester já era casado, com uma mulher chamada Bertha, que conhecera na Jamaica e que entretanto enlouquecera. Para que ninguém soubesse, ele mantinha-a escondida no sótão de Thornfield Hall. Perante isto Jane decide fugir. Após alguns dias de fome, é recolhida por St John Rivers e suas irmãs. Mais tarde vem a descobrir que não só herdou dinheiro de um tio, como os seus anfitriões são na realidade também seus primos direitos (algo que todos desconheciam). Decidida a recompensá-los, divide a herança com estes. St John Rivers decide partir como missionário e levar a prima consigo, como esposa. Jane hesita e resolve a descobrir o que se passara com Rochester (pois havia um ano que fugira de sua casa), antes de dar uma resposta ao primo.
Vem a encontrá-lo cego e ao cuidado de dois criados fiéis, pois Thornfield Hall ardera num incêndio provocado pela louca, e ele perdera a vista ao tentar salvar todos que lá viviam. Como Bertha desaparecera no fogo, Jane decide assim casar finalmente com ele.
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O livro retrata a emancipação da mulher e de seu espírito, ideias contrárias aos livros de Jane Austen onde as mulheres não eram aptas a trabalhar, devendo casar-se para garantir a sua sobrevivência. Neste livro, Charlotte Brontë através de Jane prova que as mulheres eram perfeitamente capazes de trabalhar e ter uma vida, independentemente de se casarem ou não.
Existem alguns elementos simbólicos na história, como a cegueira após o incêndio na casa de Rochester (causado pela sua mulher Bertha Rochester, cuja existência permaneceu escondida por muito tempo dentro de sua própria casa). Ele fica cego e sua mulher morre. Rochester só volta a ver quando reencontra Jane, um ano depois do incidente, e após a morte da mulher.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

SONETO

"Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!"

((Álvares de Azevedo))
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Esse soneto exemplifica com perfeição a idealização da mulher e do amor na poesia de Álvares de Azevedo.
Pertence à Segunda Geração Romântica. Há uma presença constante da morte, uma evidência tétrica. A mulher é apenas desejada; ela é inacessível.

Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe (1809 — 1849) foi um escritor, poeta, romancista, crítico literário e editor estado-unidense.

Poe é considerado, juntamente com Jules Verne, um dos precursores da literatura de ficção científica e fantástica modernas. Algumas das suas novelas, como The Murders in the Rue Morgue (Assassinatos na Rua Morgue), The Purloined Letter (A Carta Roubada) e The Mystery of Marie Roget (O Mistério de Maria Roget), figuram entre as primeiras obras reconhecidas como policiais, e, de acordo com muitos, as suas obras marcam o início da verdadeira literatura norte-americana.
As obras mais conhecidas de Poe são Góticas, um gênero que ele seguiu para satisfazer o gosto do público. Seus temas mais recorrentes lidam com questões da morte, incluindo sinais físicos dela, os efeitos da decomposição, interesses por tapocrifação, a reanimação dos mortos e o luto. Muitas das suas obras são geralmente consideradas partes do gênero do romantismo negro, uma reação literária ao transcendentalismo, do qual Poe fortemente não gostava.
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"(...)E não via que as tintas que espalhava na tela eram tiradas das faces daquela que posava junto a ele. E quando haviam passado muitas semanas e pouco já restava por fazer, salvo uma pincelada na boca e um retoque nos olhos, o espírito da senhora vacilou como a chama de uma lanterna. Assente a pincelada e feito o retoque, por um momento o pintor ficou extasiado perante a obra que completara; mas de seguida, enquanto ainda a estava contemplando, começou a tremer e pôs-se muito pálido, e apavorado, gritando em voz alta 'Isto é na verdade a própria vida!', voltou-se de repente para contemplar a sua amada: - estava morta!"
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(The Oval Portrait - O Retrato Oval)
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*Um dos melhoes contos de Allan Poe, na minha opinião.

The Secret Garden

O Jardim Secreto é tomado como a mais importante obra do francês Hodgson Burnett, pois é o primeiro livro no qual um garoto e uma garota são os personagens principais. Além disso é um dos poucos livros que trazem personagens apáticos ao começo da obra.
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- Mary Lennox era criada por uma Ayah na Índia. Ela recebia tudo o que queria de seus criados. Após um surto de cólera, morreram tanto sua Ayah como seus pais e ela foi trazida para a Inglaterra a seu tio, Lord Craven, que agora detém sua guarda.
Seu tio tinha atitudes semelhantes a de seus pais: Ele quase nunca ficava em casa, esquece-a em sua viagem, mas preocupa-se em garatir-lhe tudo que ela precisa. Em sua educação colabora também a criada Martha.
Uma vez que não há coisa alguma a se brincar, resta-lhe apenas a possibilidade de brincar lá fora. Num dia ela encontrou o Jardim Secreto, que estava fechado já há dez anos. A todos era proibido entrar no Jardim. Entretanto Maria e Dick, o irmão de Martha, interessaram-se bastante pelo misterioso Jardim, que Maria encontra graças à ajuda do pintarroxo do jardim.
Em uma noite turbulenta ela encontrou Colin, o filho tomado por quase morto de Sr. Craven. Como todos acreditavam que ele iria logo morrer, era também realizado todo desejo e vontade, e todos fazem o que ele manda. Entretanto Maria não se deixava amedrontar por ele, muito pelo contrário: quando ela ficava irritada, ela o diz claramente o que pensa sobre seu comportamento.
Por fim Colin desejava ver o Jardim e ficar mais forte, para impressionar seu pai. No Jardim todos os três se libertam, cuidam das plantas e fazem marcha; mas em casa Colin banca o doente terminal, para que ele não seja levado a seu pai tão cedo. Por fim Sr. Craven volta para sua casa em razão de uma "magia" de seu filho. Ele encontrou seu filho no Jardim e ambos voltaram para casa juntos no final. Mary era uma menina muito mal criada, e mal humorada ate que descobriu que um simples sorriso pode nos fazer feliz e a partir dai ela começou a mudar, nao radicalmente claro mais se tornou uma menina mais curiosa e interessada.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A Estrela

"Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância
Para minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do dia."
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((Manuel Bandeira))

Relíquia Íntima


"Ilustríssimo, caro e velho amigo,
Saberás que, por um motivo urgente,
Na quinta-feira, nove do corrente,
Preciso muito de falar contigo.
E aproveitando o portador te digo,
Que nessa ocasião terás presente,
A esperada gravura de patente
Em que o Dante regressa do Inimigo.
Manda-me pois dizer pelo bombeiro
Se às três e meia te acharás postado
Junto à porta do Garnier livreiro:
Senão, escolhe outro lugar azado;
Mas dá logo a resposta ao mensageiro,
E continua a crer no teu Machado."
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((Machado de Assis))

Jabberwocky


"Jabberwocky" é um poema nonsense que aparece em Through the Looking-Glass (Alice através do Espelho - 1871) por Lewis Carroll. É geralmente considerado um dos maiores poemas de nonsense escritos em língua Inglesa.


"Jabberwocky" era, na verdade, um monstro que "assombrava" Alice, que estava no País do Espelho. Ficou famoso no mundo todo, com traduções em diversas línguas, incluindo Português, Alemão, Espanhol, Francês, Italiano, Tcheco, Húngaro, Russo, Búlgaro, Japonês, Polonês, Latin e Esperanto.

A tarefa de tradução é mais notável e difícil porque muitas das principais palavras do poema foram simplesmente inventadas por Carroll, não tendo significado prévio. Tradutores geralmente lidaram com essas palavras inventando suas próprias versões delas. Algumas vezes elas são similares na sintaxe ou som às palavras de Carroll no que diz respeito a morfologia da linguagem para a qual se está traduzindo.

Por exemplo, na tradução de Augusto de Campos "'Twas brillig" é traduzido como "Era briluz". Nestes casos as palavras original e traduzida soam como palavras reais no léxico, mas não necessariamente palavras com significado similar. Tradutores também inventaram palavras tiradas dos radicais com significado similar aos radicais do inglês usados por Carroll. Como Douglas Hofstadter notou a palavra "slithy" soam como as palavras inglêsas "slimy", "slither", "slippery", "lithe" e "sly". Uma tradução francesa usa "lubricilleux" para "slithy", evocando palavras francesas como "lubrifiaient" (lubrificado) para dar uma impressão similar de significado a da palavra inventada original.
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Jabberwocky
"Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe:
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe.
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"Beware the Jabberwock, my son!
The jaws that bite, the claws that catch!
Beware the Jubjub bird, and shun
The frumious Bandersnatch."

He took his vorpal sword in hand:
Long time the manxome foe he sought --
So rested he by the Tumtum tree,
And stood awhile in thought.

And, as in uffish thought he stood,
The Jabberwock, with eyes of flame,
Came whiffling through the tulgey wood,
And burbled as it came!

One, two! One, two! And through and through
The vorpal blade went snicker-snack!
He left it dead, and with its head
He went galumphing back.

"And, has thou slain the Jabberwock?
Come to my arms, my beamish boy!
O frabjous day! Callooh! Callay!'
He chortled in his joy.

`Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe;
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe."
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QUEM CONSEGUIR ENTENDER GANHA UM DOCE! ;)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Frankenstein, um romance?

Sim! Frankenstein é um romance de terror gótico com inspirações do movimento romântico, de autoria de Mary Shelley, escritora britânica nascida em Londres.

O romance relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que constrói um monstro em seu laboratório. Mary Shelley escreveu a história quando tinha apenas 19 anos, entre 1816 e 1817, e a obra foi primeiramente publicada em 1818, sem crédito para a autora na primeira edição. Atualmente costuma-se considerar a versão revisada da terceira edição do livro, publicada em 1831, como a definitiva.




Embora a cultura popular tenha associado o nome Frankenstein à criatura, esta não é nomeada por Mary Shelley. Ela é referida como “criatura”, “monstro”, “demônio”, “desgraçado” por seu criador, esse sim chamado Frankenstein. Após o lançamento do filme Frankenstein em 1933 o público passou a chamar assim a criatura. Isso foi adotado mais tarde em outros filmes. Alguns argumentam que o monstro é, de certa forma, um “filho” de Victor, e portanto pode ser chamado pelo mesmo sobrenome.
Frankenstein é o antigo nome de uma antiga cidade na Silésia, local de origem da família Frankenstein. Mary Shelley teria conhecido um membro desta família, o que possivelmente influenciou sua criação.
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Letter 1
TO Mrs. Saville, England
St. Petersburgh, Dec. 11th, 17-
"You will rejoice to hear that no disaster has accompanied the commencement of an enterprise which you have regarded with such evil forebodings. I arrived here yesterday, and my first task is to assure my dear sister of my welfare and increasing confidence in the success of my undertaking.
I am already far north of London, and as I walk in the streets of Petersburgh, I feel a cold northern breeze play upon my cheeks, which braces my nerves and fills me with delight. Do you understand this feeling? This breeze, which has travelled from the regions towards which I am advancing, gives me a foretaste of those icy climes. Inspirited by this wind of promise, my daydreams become more fervent and vivid. I try in vain to be persuaded that the pole is the seat of frost and desolation; it ever presents itself to my imagination as the region of beauty and delight. There, Margaret, the sun is forever visible, its broad disk just skirting the horizon and diffusing a perpetual splendour. There—for with your leave, my sister, I will put some trust in preceding navigators—there snow and frost are banished; and, sailing over a calm sea, we may be wafted to a land surpassing in wonders and in beauty every region hitherto discovered on the habitable globe. Its productions and features may be without example, as the phenomena of the heavenly bodies undoubtedly are in those undiscovered solitudes.(...)"

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, na Rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Em 1890 a família se transfere para o Rio de Janeiro e a seguir para Santos - SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Passa dois verões em Petrópolis.

"...o sol tão claro lá fora,
o sol tão claro, Esmeralda,
e em minhalma — anoitecendo."

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Traduziu Macbeth, de Shakespeare, e La Machine Infernale, de Jean Cocteau, em 1956. É aposentado compulsoriamente, por motivos da idade, como professor de literatura hispano-americana da Faculdade Nacional de Filosofia.
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Vou-me embora pra Pasárgada
"Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada."

domingo, 4 de outubro de 2009

The Picture of Dorian Gray


The Picture of Dorian Gray(O Retrato de Dorian Gray) é um romance publicado por Oscar Wilde, considerado um dos grandes escritores irlandeses do século XIX. Foi publicado inicialmente como a história principal da Lippincott's Monthly Magazine em 20 de junho de 1890. Wilde depois reviu, alterou e ampliou essa edição, que foi publicada como a versão mais tarde por Ward, Lock e Company em abril de 1891.


Esta obra tornou-se um símbolo da juventude intelectual "decadente" da época e de suas críticas à cultura vitoriana, além de ter despertado grande polêmica em relação ao seu conteúdo homoerótico (o autor, Oscar Wilde, era homossexual e foi preso por isso). O próprio Oscar Wilde foi apontado como o pai do decadentismo na Inglaterra, coisa que ele sempre negou. Aquando do julgamento de Wilde algumas partes deste livro foram usadas contra si. O facto de ser imoral não abonou nada a favor de Wilde, além disso provou-se ter sido influenciado pela literatura francesa de então que promovia um estilo estético a converter para a decadência.
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Dorian Gray era tão obsecado por sua beleza e juventude que teve tudo isso retratado em um quadro pintado por Basil Hallward. O que ninguém sabia é que, com o passar dos anos, Dorian continuava com a sua beleza intacta, pois o quadro envelhecia em seu lugar. A única condição era que o próprio Dorian nunca olhasse para o seu retrato. E assim, centenas de anos se passaram até que seu amigo, Lord Henry Wotton, descobrisse o seu segredo...
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"From the corner of the divan of Persian saddle-bags on which he was lying, smoking, as usual, innumerable cigarettes, Lord Henry Wotton could just catch the gleam of the honey-sweet and honey-colored blossoms of the laburnum, whose tremulous branches seemed hardly able to bear the burden of a beauty so flame-like as theirs; and now and then the fantastic shadows of birds in flight flitted across the long tussore-silk curtains that were stretched in front of the huge window, producing a kind of momentary Japanese effect, and making him think of those pallid jade-faced painters who, in an art that is necessarily immobile, seek to convey the sense of swiftness and motion. The sullen murmur of the bees shouldering their way through the long unmown grass, or circling with monotonous insistence round the black-crocketed spires of the early June hollyhocks, seemed to make the stillness more oppressive, and the dim roar of London was like the bourdon note of a distant organ.In the centre of the room, clamped to an upright easel, stood the full-length portrait of a young man of extraordinary personal beauty, and in front of it, some little distance away, was sitting the artist himself, Basil Hallward, whose sudden disappearance some years ago caused, at the time, such public excitement, and gave rise to so many strange conjectures.As he looked at the gracious and comely form he had so skilfully mirrored in his art, a smile of pleasure passed across his face, and seemed about to linger there. But he suddenly started up, and, closing his eyes, placed his fingers upon the lids, as though he sought to imprison within his brain some curious dream from which hefeared he might awake."

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Alice and the Caterpillar


"Which brought them back again to the beggining of the conversation. Alice felt a little irritatedate the Cterpillar's making such very short remarks, and she drew herself up and said, very gravely, "I think you ought to tell me who you are, first." (Carroll, 1995a, p33)



"Isso levava tudo outra vez ao início da conversa. Alice já estava meio irritada com os comentários tão lacônicos da Lagarta. Empertigou-se e disse com a maior seriedade:

- Acho que a senhora devia me dizer primeiro quem é." (tradução de Uchoa Leite)



"Isso fez com que eles voltassem de novo para o começo da conversa. Alice já estava se sentindo irritada com essa mania que tinha a Lagarta de ficar só dizendo frases curtas. Assumiu então um ar muito sério e concluiu:

- Acho que é a senhora quem deve me contar primeiro quem é." (tradução de Sevcenko)

Dr. Jekyll and Mr. Hyde



The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde (no Brasil, O Médico e o Monstro) é o nome de um livro do escocês Robert Louis Stevenson publicado em 1886.


"Utterson regressou ao seu apartamento, foi ao escritório, apanhou do cofre um envelope que continha o testamento do Dr. Jekyll. No testamento, constava que em caso de falecimento de Henry Jekyll todos os seus bens passariam às mãos do seu “amigo e protegido Edward Hyde”, o que indignava o advogado. Este foi encontrar seu amigo Dr. Lanyon. Conversando, o Dr. Lanyon diz que há mais de dez anos Henry Jekyll tornou-se um mistério e começou a trilhar por caminhos errados. Dr. Lanyon, respondendo a Utterson, disse que nunca ouviu a respeito de Hyde.
Em seu leito, o advogado imaginou a situação narrada por Enfield; enfim debateu-se com o problema. E queria ver o rosto de Hyde.
Utterson começou a rondar a ruazinha cheia de lojas. Disse “Se ele é o Sr. Hyde eu serei o Sr. Seek”, fazendo um jogo de palavras com os verbos “to hide” (ocultar) e “to seek” (procurar) em inglês.
Enfim, Hyde dirigia-se com a chave na mão à porta. Encontraram-se. Hyde disse a Utterson que não encontraria o Dr. Jekyll. Mas Utterson ainda não via o rosto de Hyde, que era pálido e baixo. Utterson pediu-lhe para poder ver seu rosto. Os dois olharam-se com firmeza durante alguns instantes.
Utterson foi até a uma casa procurar pelo Dr. Jekyll. Foi atendido por um criado velho, Poole, mas o Dr. Jekyll não estava lá. Poole, em conversa com Utterson, comentou que Hyde tinha a chave da porta e que geralmente entrava e saía pelo laboratório.
Utterson tinha o pressentimento de que Henry Jekyll estava em maus lençóis."

(capítulo 2)
- Em Jekyll, há "I kill" (eu mato, em inglês). Esta tendência humana pecaminosa estaria oculta por Jekyll e se manifestaria em Hyde (hidden — oculto em inglês). Quando Hyde surge, atos como o de assassinar surgem também.
O protagonista deve lidar com seus dois "eus": um inclinado ao bem (Jekyll), e outro ao mal (Hyde).
- Hyde sofre por ser reprimido por normas religiosas, morais, aceitas por Jekyll; já Jekyll sofre pelo remorso de ter praticado o mal, ação de Hyde. Logo, existe uma dualidade na pessoa: uma propensa ao bem e outra ao mal. O ideal seria que cada uma das partes da alma fosse independente uma da outra.
- Convém observar também que parece não existir uma oposição perfeita entre Jekyll e Hyde. Este foi definido como pura essência maligna, enquanto não se sugere que Jekyll seja "pura essência benigna”. A obra não menciona elementos da infância e juventude do Dr. Jekyll, que podem ser relevantes na personalidade do Sr. Hyde.

Os Irmãos Grimm

Os irmãos Grimm, Jacob e Wilhelm Grimm, foram dois alemães que se dedicaram ao registro de várias fábulas infantis, ganhando assim grande notoriedade. Também deram grandes contribuições à língua alemã com um dicionário (O Grande Dicionário Alemão - Deutsches Wörterbuch) e estudos de lingüística, e ao estudo do folclore.


Nos tempos passados todos os contos e fábulas eram apenas contados às crianças, sem nenhum registro escrito. Os irmãos Grimm foram os primeiros a registrarem as histórias mais famosas de contos de fada, tais como "A Branca de Neve", "A Bela Adormecida", "Rapunzel", "Cinderela", "João e Maria", "Chapeuzinho Vermelho", entre outros. A maioria de seus contos se tornaram conhecidos por serem futuramente lançados pela Walt Disney.




"Era uma vez, uma menina tão doce e meiga que todos gostavam dela. A avó, então, a adorava, e não sabia mais que presente dar a criança para agradá-la. Um dia ela presenteou-a com um chapeuzinho de veludo vermelho. O chapeuzinho agradou tanto a menina e ficou tão bem nela, que ela queria ficar com ele o tempo todo. Por causa disso, ficou conhecida como Chapeuzinho Vermelho.
Um dia sua Mãe lhe chamou e lhe disse:
- Chapeuzinho, leve este pedaço de bolo e essa garrafa de vinho para sua avó. Ela está doente e fraca, e isto vai faze-la ficar melhor. Comporte-se no caminho, e de modo algum saia da estrada, ou você pode cair e quebrar a garrafa de vinho e ele é muito importante para a recuperação de sua avó."
(Chapeuzinho Vermelho)
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"Rapunzel chegou a ser a menina mais bela de todo o planeta. Quando fez doze anos, a bruxa a aprisionou numa torre em meio a um bosque. A torre não tinha escadas nem portas, somente uma pequena janela no alto. Cada vez que a bruxa queria subir ao alto da torre, parava sob a janela e gritava:
"Rapunzel, Rapunzel, joga tua trança de ouro!"
(Rapunzel)
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"- Espelhinho, espelhinho, reponde-me com franqueza: Quem é a mulher mais bela de toda redondeza?
O espelho respondia: - É vossa realeza a mulher mais bela desta redondeza."
(A Branca de Neve e os Sete Anões)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Pride and Prejudice - Orgulho e Preconceito



Orgulho e Preconceito (ou, na versão original, Pride and Prejudice) é um romance da escritora britânica Jane Austen, publicado em 1813. O livro foi escrito antes dela completar vinte e um anos, em 1797,e era inicialmente chamado "First Impressions", mas nunca foi publicado com esse título.



"É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, na posse de uma bela fortuna, necessita de uma esposa."

(capítulo I)




O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, Kity, Lydia, Jane e Mary, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo.


Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma das suas filhas. De fato, ele parece interessar-se bastante por Jane, sua filha mais velha, logo no primeiro baile em que ele, as irmãs e o Sr. Darcy, seu amigo, comparecem.
Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, o Sr. Darcy, por seu jeito pouco sociável e taciturno é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram.
A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. Muitas reviravoltas, ocorrrem a partir dai, e eis que surge um amor, nascido em meio á antipatia. Lizzy descobre a verdadeira face de seu amado, boa e nobre, e os segredos que o levam a ter este carater duro, que é mal visto por todos, terminando em um grande amor entre os dois, o que causa grande admiração para ambas as familias.




- Jane Austen (1775 - 1817) foi uma escritora inglesa proeminente, considerada por alguns como a segunda figura mais importante da Literatura Inglesa depois de Shakespeare. Ela representa um exemplo de uma escritora cuja vida sem grandes sobressaltos em nada reduziu a estatura da sua ficção.

Gonçalves Dias


Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

De Primeiros cantos (1847)


- Naquele 10 de Agosto de 1823, certamente os sabiás não cantavam nas palmeiras, já que, como se sabe, eles preferem as laranjeiras. Mas as aves que aqui gorjeiam como em nenhum outro lugar anunciaram o nascimento do menino que viria a ser o primeiro grande poeta a cantar o Brasil: Antônio Gonçalves Dias.


"Kennst du das Land, wo die Citronen blühen,
Im dunkeln Laub die Gold - Orangen glühen?
Kennst du es wohl? - Dahin, dahin!
Möchtl ich... ziehn." *

(Goethe)


* "Conheces a região onde florescem os limoeiros?
Laranjas de ouro ardem no verde escuro da folhagem;
Conheces bem? Nesse lugar, eu desejava estar."

(Mignon, de Goethe)

Augusto dos Anjos - O Poeta Hediondo


Raquítico, briguento, polêmico... Ele marcou para sempre a cultura barsileira!


A poesia de Augusto dos anjos é uma "porrada". Ele promove um atordoamento que não pode ser apagado do olhar do leitor. O que mais surpreende é a crueza do enunciador, ou seja, daquele que fala no texto literário.

Trata-se de um autor com uma fixação mórbida pela condição humana, especialmente no que ela tem de finita, de perecível. Mas, veja bem, o enunciador tem uma fixação pela morte, e é um sujeito materialista!

Assim, o que resta do fenômeno 'morrer' não é o destino da alma, a perpetuação na eternidade, mas a crueza fria e medonha da morte. O decompor-se, o verme, a caliça, os ossos mais que secos, o riso último, patético e encaveirado de quem já foi. Vazio entre os ossos, a igualíssima parecença a que nos reduzimos. Eis o choque!


Psicologia de um Vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme -- este operário das ruínas --
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na finalidade inorgânica da terra!


Alberto Caeiro

"O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.

Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio."
Alberto Caeiro (16 de Abril de 1889 - 1915) é considerado o mestre dos heterônimos de Fernando Pessoa, apesar da sua pouca instrução.

Foi um poeta ligado à natureza, que despreza e repreende qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que pensar obstrui a visão ("pensar é estar doente dos olhos"). Proclama-se assim um anti-metafísico. Afirma que, ao pensar, entramos num mundo complexo e problemático onde tudo é incerto e obscuro.

BEOWULF




Beowulf é um poema épico, escrito em língua anglo-saxã com o emprego de aliteração. Com 3.182 linhas, é o poema mais longo do pequeno conjunto da literatura anglo-saxã e um marco da literatura medieval. Foi o primeiro poema escrito na Língua Inglesa.

Apesar de haver sido escrito na atual Inglaterra, a história se refere a eventos ocorridos na Escandinávia, mais especificamente nas atuais Suécia e Dinamarca. O poema está centrado nos feitos de Beowulf, heroi da tribo dos gautas (originários da atual Götaland, Suécia) que com sua excepcional força e coragem livra os dinamarqueses da ameaça de dois monstros diabólicos e, já coroado rei do seu povo, combate e mata um dragão, numa batalha que acaba por custar-lhe a vida.

O único manuscrito existente de Beowulf data do século XI, mas acredita-se que o poema original possa ter sido escrito antes. A narrativa é lendária, mas alguns eventos e personagens possivelmente históricos dos séculos V e VI são também referidos no texto.

Este épico poema, um marco na literatura medieval, serviu como uma das fontes de inspiração para outras obras literárias, incluindo a saga de Tolkien, O Senhor dos Anéis. Também foi várias vezes adaptada ao cinema.

Sua história originou também o filme "A lenda de Beowulf" em 2007.
"Now Beowulf bode in the burg of the Scyldings,
leader beloved, and long he ruledin fame with all folk,
since his father had goneaway from the world,
till awoke an heir,haughty Healfdene,
who held through life,sage and sturdy, the Scyldings glad.
Then, one after one, there woke to him,
to the chieftain of clansmen, children four:
Heorogar, then Hrothgar, then Halga brave;
and I heard that -- was -- 's queen,the Heathoscylfing's helpmate dear.
To Hrothgar was given such glory of war,
such honor of combat, that all his kinobeyed him
gladly till great grew his bandof youthful comrades.
It came in his mindto bid his henchmen a hall uprear,
ia master mead-house, mightier farthan ever was seen
by the sons of earth,and within it, then,
to old and younghe would all allot that the Lord had sent him,
save only the land and the lives of his men. (...)"